Objetivo: definiremos a sequência didática e apresentaremos uma proposta de trabalho com sequência didática e ficha de auto-avaliação.
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Planejar os conteúdos e ações é importante para o sucesso de qualquer aula, seja presencial ou a distância. Dessa forma, nossa proposta agora é conhecer e propor um trabalho com a sequência didática.
Pensar no ensino a partir de uma sequência didática é concentrar esforços no sentido de estabelecer metas e percursos para atingir o objetivo da aprendizagem. Para Dolz e Schneuwly (2001: 97) “seqüência didática é um conjunto de atividades escolares organizadas, de maneira sistemática, em torno de um gênero textual oral ou escrito”.
A SD tem a finalidade de ajudar os alunos a dominar melhor um gênero de texto que se queira ensinar ou um conteúdo a ser aprendido, ou um percurso didático a ser estabelecido, o que vai permitir a todos os envolvidos, professores e alunos, conhecerem previamente o que será trabalhado e como.
- Três etapas inter-relacionadas:
- Na primeira, há produção de textos pelos alunos com o objetivo de serem avaliadas as capacidades iniciais e identificados os problemas.
- Na segunda, são desenvolvidos módulos, nos quais os alunos desenvolvem atividades direcionadas para a apropriação das características fundamentais do gênero estudado ou da atividade.
- Na terceira, há uma produção final, na qual os alunos avaliam e revisam suas produções iniciais, guiados por uma ficha de auto-avaliação, construída individual ou coletivamente durante os módulos. Dolz, Noverraz & Schneuwly (2001) esquematizam assim essa sequência:
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Apresentação da situação. Nessa fase expõe-se ao aluno, de maneira pormenorizada, o projeto de comunicação oral ou escrita que será realizado na produção final. O aluno constrói a representação da situação de comunicação e da atividade de linguagem a desempenhar. Segundo os autores, é o momento mais importante do percurso do trabalho. Para os procedimentos da aplicação da SD deve-se atentar para dois enfoques.
Orientações devem ser pontuais sobre qual o gênero que será abordado, carta ao leitor, por exemplo; a quem se dirige a produção; que forma assumirá a produção; quem participará da produção. As orientações do contexto de produção, ou seja, orientações para quem se dirige a produção, a forma de participação do aluno e outras já expostas, dão ao aluno base para que se tenha um ponto de partida claro: “Eu escrevo para quem?”, “Por que eu escrevo?”, “Qual é o meu papel?”. São tomadas de consciência importantes no momento da produção inicial. No contexto da EaD essa etapa pode estar relacionada ao fórum, às atividades propostas, enfim a toda a situação de comunicação que o professor proporá. Lembre-se de que as representações que os alunos têm sobre fórum ou mesmo toda a comunicação que ele desenvolverá no ambiente virtual é bem reduzida. Essa etapa é o momento de ampliar esses conhecimentos e instalar um novo modo de comunicação.
Conteúdos. No momento da apresentação da situação, é importante que os alunos percebam a importância dos conteúdos e saibam, previamente, quais serão trabalhados. A fase inicial propicia fornecer aos alunos o quadro do projeto comunicativo que será realizado, de modo a tornar as atividades de aprendizagem significativas.
Produção inicial. Os alunos elaboram uma primeira atividade proposta pelo professor. Essa atividade poderá revelar dificuldades iniciais sobre os conteúdos a serem trabalhados. Assim, a produção inicial tem papel de reguladora de toda a SD para os envolvidos no processo de ensino-aprendizagem (professor/alunos).
Os módulos que se seguem a esse contato inicial objetivam trabalhar as dificuldades detectadas na primeira produção de atividade, resultando em propostas de atividades com foco em instrumentos para superá-las. As atividades são decompostas ao longo dos módulos de forma a abordarem separadamente os conteúdos mobilizados, objetivando melhorar uma determinada capacidade, necessária para o domínio da atividade proposta.
Atividade final tem a vantagem de levar os alunos a colocarem em prática, de maneira global, os conhecimentos e os procedimentos aprendidos, em função dos objetivos iniciais propostos.
Para a elaboração de uma sequência didática que se julgue eficiente no processo de ensino-aprendizagem, há necessidade de construir um modelo didático das atividades que se queira trabalhar. O modelo didático das atividades guia as ações do professor tutor e evidencia o que pode ser “ensinável” por meio da sequência didática. O modelo é descritivo e apreende o fenômeno complexo que é a aprendizagem de uma atividade.
Esse modelo didático pode ser construído, pelo professor, e dependerá muito do conteúdo a ser trabalhado, a quem se destina, qual o nível do aluno, qual a linguagem a ser utilizada e tempo necessário para aplicação da sequência didática.
A produção da atividade final ou das atividades finais, a depender do que o professor tenha planejado, seguirá uma ficha de auto-avaliação onde o aluno poderá acompanhar e avaliar seu próprio desempenho. Essa ficha poderá ser construída pelo professor, objetivando o conteúdo explorado e os objetivos iniciais do professor com esses conteúdos.
Esse modelo didático pode ser construído, pelo professor, e dependerá muito do conteúdo a ser trabalhado, a quem se destina, qual o nível do aluno, qual a linguagem a ser utilizada e tempo necessário para aplicação da sequência didática.
A produção da atividade final ou das atividades finais, a depender do que o professor tenha planejado, seguirá uma ficha de auto-avaliação onde o aluno poderá acompanhar e avaliar seu próprio desempenho. Essa ficha poderá ser construída pelo professor, objetivando o conteúdo explorado e os objetivos iniciais do professor com esses conteúdos.
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Bibliografia
CEVERA, M.C.S.F, Material de aula, Universidade Nove de Julho, São Paulo, 2012
Imagem 1: CEVERA, M.C.S.F, Material de aula, Universidade Nove de Julho, São Paulo, 2012
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