quarta-feira, 25 de abril de 2012

Aula 6 - Aprendizagem baseada em projetos

Objetivo - Apresentar a proposta de um projeto para ensino na modalidade EaD que pode ser utilizado junto a atividade de aprendizagem colaborativa por intermédio das tecnologias.

Aprendizagem baseado em projetos em 10 etapas:


  • 1º fase: Apresentação e discussão do projeto

Imagem 1

O primeiro contato com o aluno é importante, assim as fases que seguirão a proposta de aprendizagem devem ser claras e descritas uma a uma. É como se estabelecêssemos um contrato pedagógico em que todos soubessem o ponto de partida e o ponto de chegada do projeto, dessa forma, envolve-se o aluno numa participação colaborativa e corresponsável pelo sucesso ou não das aulas e promove uma caminhada coletiva e compartilhada onde o sucesso do processo depende de todos.
  • 2º fase: Problematização do tema: é a fase essencial do projeto de aprendizagem.
São necessárias aqui a criatividade e a competência do professor na proposição do tema. O professor intelectual e transformador precisa saber que a aprendizagem não é algo mecânico e não se restringe a decorar assuntos. O professor precisa instigar a capacidade das pessoas de serem cidadãos críticos e ativos dessa sociedade e que irão atuar na comunidade, oferecendo situações de reflexão sobre situações concretas. É tarefa do professor levar os alunos a desenvolverem habilidades e competências de levantar, em conjunto, problemas ou perguntas de pesquisa relacionados ao assunto proposto para aproximarem-se da realidade que irão enfrentar na vida profissional.
  • 3º fase: Contextualização – a contextualização foca a visão holística do projeto.
Levar o aluno à percepção do todo e depois das partes do projeto torna-se essencial para que os alunos se localizem histórica e geograficamente diante do assunto. Nesse ponto, entender como se realiza a pesquisa, onde e em que contexto ela se insere é importante. É fundamental também saber que recursos estão envolvidos no projeto, que compromisso o grupo vai assumir no processo de produção do conhecimento, qual a participação de cada um numa postura colaborativa onde as tomadas de decisão sejam em grupo levando-se em conta a tolerância e a convivência com as diferenças de ideias.
  • 4º fase: Aulas teóricas e exploratórias – momento em que o professor apresenta as temáticas e conhecimentos envolvidos.
Esse momento não é o de dar respostas, mas o de estruturar e encaminhar conteúdos disponibilizados para o projeto. Instrumenta-se, assim o aluno com componentes do tema proposto pela problematização.
  • 5º fase: Pesquisa individual – contempla a ação efetiva do aluno.
Com os recursos: CD-ROMs, jornais, fitas de vídeo e filmes da internet, o professor deve, a partir da disponibilização de endereços eletrônicos ou outros meios da WEB, incrementar a discussão. O aluno deve ser alertado para o fato de que para acessar a internet precisa ter criticidade, não acreditando em tudo que se apresente a ele. Há sites seguros de pesquisa acadêmica que devem ser explorados pelos alunos. Uma dica é que o professor tenha uma home page onde possa disponibilizar aos alunos orientações e referências que poderão ser aproveitadas por todos no decorrer da pesquisa, ou ainda blogs de pesquisa, como já citamos e também o AVA (Ambiente Virtual de Aprendizagem). 
  • 6º fase: Produção individual – composição de texto do aluno.
Com base na pesquisa elaborada, proposta e materiais disponibilizados, o aluno poderá produzir material. O desafio de todo o projeto é fazer com que o aluno produza material atendendo às normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). Certamente esse momento é importante para o aluno porque deverá ter um resultado do seu trabalho de pesquisa e considerações, um pensamento já firmado a partir do assunto proposto. Esse processo poderá ser avaliado pelo professor. 
  • 7º fase: Discussão coletiva, crítica reflexiva – essa fase ocorre quando o professor devolve os textos produzidos individualmente.
Nessa fase o professor se torna um colaborador do grupo e orienta as discussões partindo do pressuposto que todos chegaram ao mesmo estágio para as discussões. As discussões podem levar a questionamentos, certamente. Dessa forma, os envolvidos devem saber argumentar seus pontos de vista. Não há vencedores ou vencidos, há pessoas em busca de aprendizagem e sabemos que essa é feita ao longo da vida e nos momentos onde os projetos possam ser vivenciados, discutidos.
    Imagem 2
  • 8º: Produção coletiva – possibilidade de aprender a trabalhar as parcerias. 
Produzir um texto coletivo tendo por base as produções individuais. Isso fica a cargo do professor que poderá, diante de todos os textos coletivos, elaborar um único texto, agora coletivo. Para que o trabalho seja efetivo, o professor poderá, lá na 1º fase, apontar já as características que o texto deverá ter: um texto bem estruturado, com definições e consistência nas teorias elencadas obedecendo às normas da ABNT(Associação Brasileira de Normas Técnicas)
Link youtube ABNT
  • 9º: Produção final (prática social) – fase a ser combinada desde o início do projeto.
Apresentar a produção final envolve e responsabiliza o aluno pela criação na arte-final. Pode vir a ser uma publicação em revista acadêmica, criação de página na internet, ou seja, apresentar à opinião pública o resultado de uma discussão para sofrer elogios ou críticas da comunidade acadêmica ou qualquer outra atividade de apresentação pública na universidade.
  • 10º: Avaliação coletiva do projeto – Momentos de reflexão sobre as participações dos alunos.
O professor, nesse momento, deve instigar a avaliação de cada fase e levantar os pontos positivos e negativos da proposta. O processo todo deve ser autoavaliado por todos e também coletivamente. Essa tarefa traz um momento de desenvolvimento de maturidade do grupo numa avaliação de processo, não de pessoas. 

Bibliografia

CEVERA, M.C.S.F, Material de aula, Universidade Nove de Julho, São Paulo, 2012

Nenhum comentário:

Postar um comentário